5 dicas para uma boa higiene oral
A base de uma cavidade oral saudável é realizar uma boa e eficaz higiene oral em casa. É o primeiro passo para a manutenção dos nossos dentes e gengivas.
Uma má ou ineficaz higiene oral poderá provocar vários problemas tais como: cárie dentária, inflamação gengival, mau hálito, sangramento das gengivas, ou doença periodontal.
Neste artigo vamos dar-vos 5 dicas importantes para uma boa higiene oral:
1. Fio dentário. Este tem como objectivo a remoção mecânica dos restos alimentares que se acumulam entre os dentes e por baixo da gengiva livre (aquele triângulo de gengiva que temos entre os dentes). Na clínica Zenha aconselhamos o uso do fio dentário todos os dias à noite antes de escovar os dentes. Existem vários tipos de fios, específicos para cada paciente e cada caso, como por exemplo para espaços interdentários mais largos, uso de aparelho dentário ou próteses fixas sobre implantes.
2. Escova suave. A escolha da escova é dos pontos mais importantes e que muitas vezes deixamos para segundo plano. Não vale escolher a escova que tem a cor mais gira atenção. Idealmente deve-se optar pela escova eléctrica, por permitir uma remoção dos restos alimentares mais eficaz pelos movimentos oscilatórios que produz. Porém, quer escolham uma escova manual ou eléctrica devem optar por cerdas suaves. Apesar de termos a ideia que uma escova suave não escova como deve ser, isto não é verdade, a escova suave por ter cerdas mais finas consegue ir a zonas que cerdas mais largas não conseguem, sem magoar a gengiva e causar inflamação na mesma. E importante: trocar de escova ou cabeça de escova de 3 em 3 meses ou depois de um período em que se esteve doente (por exemplo gripe, covid-19).
3. Pasta adequada. A acção mecânica da escova é sem dúvida a mais importante, porém os componentes presentes nas pastas são também muito importantes. Existem pastas específicas para sangramento gengival, cáries, sensibilidade, etc. Devem-se aconselhar com o vosso médico dentista para saberem qual a pasta ideal para cada um de vocês, mas de um modo geral devemos procurar pastas com uma quantidade de flúor de 1400-1500ppm. Surgem sempre algumas dúvidas quanto às pastas branqueadoras, que actuam de dois modos: por abrasão mecânica ou química. As primeiras funcionam através de micro rugosidades que quando se esfrega na superfície do dente podem remover algumas manchas extrínsecas, porém também podem riscar a superfície do dente e mais facilmente criar inflamação e recessão gengival. As segundas são por exemplo as pastas de carvão que dissolvem quimicamente algumas manchas. Estamos a falar apenas de certas manchas/pigmentos e não um branqueamento em si do dente. Por isso evitem estas pastas.
4. Forma de escovar. Tanto no caso de escovas manuais como eléctricas a escova deve ser angulada a 45 graus para a gengiva. Isto porquê? Para se conseguir uma boa higiene da zona solta da gengiva, sem a magoarmos. Nas escovas manuais devemos fazer movimentos circulares e não apenas esfregar com força na horizontal. Ter atenção à pressão aplicada, que se for em demasia pode causar desgaste gengival e dentário. Nas escovas eléctricas as próprias já fazem os movimentos giratórios que falámos. Muito importante não esquecer de escovar a língua com movimentos de trás para a frente como se estivéssemos a varrer. No fim da higiene apenas cuspir o excesso da pasta e não passar por água. E isto porquê? Porque queremos que os componentes bons que as pastas têm fiquem a actuar o maior tempo possível.
5. Consultas de controlo no dentista de 6 em 6 meses. Para conseguirmos manter a nossa saúde oral devemos fazer consultas de controlo duas vezes por ano, no mínimo, de modo a controlar a nossa higiene. Consultas onde fazemos uma destartarização e remoção de pigmento dentário, assim como controlo de possíveis cáries e lesões orais.
O segredo está, sem dúvida, na prevenção.