Desgaste Dentário
A perda da superfície dentária é um processo fisiológico que ocorre ao longo da vida como consequência natural do envelhecimento. Porém quando ocorre um desgaste dentário excessivo, este fenómeno é considerado patológico e não deve ser ignorado.
O desgaste dentário pode representar uma patologia de origem multifatorial – alterações de comportamentos, dieta desequilibrada, condições médicas e múltiplos medicamentos – sendo por isso fundamental o correto diagnóstico. É também importante informar e educar as pessoas sobre as causas, sintomas e consequências para que estas sejam capazes de reconhecer o problema atempadamente.
Quais os principais tipos de desgaste dentário?
Erosão: há uma perda progressiva da estrutura dentária que ocorre por erosão ácida. Este processo químico pode estar associado a fatores extrínsecos (ingestão de alimentos e bebidas ácidas) ou intrínsecos (refluxo gastroesofágico e distúrbios alimentares).
Abrasão: desgaste do dente a partir de um fator externo, como por exemplo uso desadequado da escova de dentes – força excessiva, cerdas duras – roer as unhas, entre outros.
Atrição: perda de tecido dentário como resultado do contacto com as superfícies dentárias dos dentes antagonistas – geralmente pelo cerrar de dentes com força excessiva e/ou ranger de dentes.
Abfração: consequência de forças e movimentos excêntricos na dentição. Vários fatores químicos, biológicos e comportamentais podem contribuir para este tipo de lesão.
Alguns sinais que podem indicar desgaste dentário:
- Alteração da cor dos dentes – devido à perda de esmalte e à consequente exposição progressiva da dentina os dentes ficam mais amarelados;
- Perda de anatomia / Fissuras e fraturas dentárias Sensibilidade dentária
- Diminuição da dimensão vertical – com comprometimento estético e funcional
- Aumento do risco de cárie dentária
Quais as soluções para este tipo de problema?
Antes de delinearmos qual o tipo de tratamento a executar, devemos primeiro compreender a etiologia da situação clínica, salientando que a prevenção é sempre o melhor tratamento.
Em alguns casos, não é necessário intervir apenas monitorizar. Já em situações avançadas, a terapêutica passa pelo restabelecimento da estrutura dentária perdida, podendo incluir restaurações em resina composta ou até mesmo cerâmica. No entanto, antes de iniciar qualquer reabilitação é necessário eliminar maus comportamentos e possíveis causas de desgaste dentário.
Por isso, é fundamental que procure o seu médico dentista o mais rápido possível para que as causas sejam identificadas e, posteriormente, controladas de forma adequada.
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